Hello, Vistamaníacos!
Todos vocês que acompanharam os nossos posts e que já visitaram a sede da Vista (quem quiser conhecer é só mandar um email para contato@vistaemmoda.com.br) sabem que nós somos extremamente apaixonados e maníacos por Marilyn Monroe. Mas nós não gostamos apenas das belíssimas roupas que ela usava na época, da forma como ela cativava o seu público e do jeito meiguinho como cantava e falava. Nós amamos a essência de Marilyn Monroe. E para apresentar essa essência pouco relatada pela nós tomaremos como base as pesquisas realizadas sobre o íntimo de Norma Jeane Mortenson e sobre a leitura do livro “Fragmentos-poemas, anotações íntimas e cartas de Marinlyn Monroe”- Organização de Stanley Buchthal e Bernard Comment.
Marilyn Monre sempre foi uma mulher atípica da época: revolucionária, um tanto quanto exagerada, adorava um champagne, romântica até o último fio de cabelo louro claríssimo, etc. De acordo com Bob Tostes, músico e produtor musical do programa Cinema Songs, da Rádio Guarani FM “Quando viva, ela era olhada até com certo desprezo, chamada de loura burra, e os próprios estúdios cinematográficos fabricaram essa ideia”.
Mas, por trás das camadas de maquiagem, das gotas de Chanel n°05, do lençol egípcio, da mulher mais bela do mundo, existia Norma Jeane, a eterna menina de 16 anos em busca de respostas da vida, em busca de seus sonhos e do amor perfeito.
Para quem não sabe Marilyn sempre teve o sonho de se tornar uma atriz ícone para a história do cinema e fez de tudo para que esse sonho se tornasse realidade. Aulas de teatro, leituras e mais leituras, aulas de canto, etc. Entretanto, devido a sua beleza incondicional e a sua constante insegurança em si mesma e o constante medo de errar, o envolto de sua imagem foi traçado de um modo extremamente superficial: apenas como uma mulher bonita.
Mas Marilyn não era apenas isso. Marilyn lia livros como, por exemplo, Heinrich Heine, James Joyce, Goya, Michael Chekhov, entre outros, contemplava esculturas como a de Degas, Los Angeles, e, além disso, era uma poeta.
Marilyn Monroe lendo James Joyce no verão de 1955
O livro Fragmentos desconstrói a imagem esfuziante da artista e é incrível vê-la tão despida, ingênua, amargurada, mas ainda assim otimista e longe de qualquer afetação. Em seus rabiscos, Marilyn fazia constantemente uma autoanálise sobre a personagem que ela tinha que interpretar e sobre o que ela realmente era. Muitos textos encontrados no livro também apresentam a constante nostalgia que a atriz tinha ao relatar sobre sua deprimida infância e sobre sua primeira decepção amorosa com o casamento aos 16 anos com James Dougherty em 19 de junho de 1942.
As imagens contidas no livro também apresentam o lado sereno e tranqüilo de Norma, o sorriso verdadeiro e não o da garota propaganda e estrela hollywoodiana.
Esse livro com certeza é o que realmente Marilyn quis mostrar durante sua carreira inteira para a indústria do cinema, para os seus fãs e, principalmente, para si própria: vida, força, emoção e paixão. Conforme as páginas avançam, você sorri, se comove, sente um aperto no peito, como acontece quando lemos os melhores romances ficcionais. Mas a história aqui era verdadeira.
Ser lembrada cinco décadas depois de seu falecimento é mais uma prova de como Marilyn Monroe era especial. E hoje nós podemos ler e crer quem era a verdadeira Marilyn Monroe, ou melhor, a verdadeira Norma Jeane Mortensen.
“Fragmentos: poemas, anotações íntimas e cartas de Marilyn Monroe” -Organização de Stanley Buchthal e Bernard Cooment
“Vida –
Eu sou de ambas as suas direções
De alguma forma permanecendo de cabeça para baixo
Na maior parte
Mas forte como uma teia de aranha no
Vento – eu existo mais como a geada fria e cintilante.
Mas os meus raios borbulhantes têm as cores que
Vi nas pinturas – ah vida eles
Traíram você”.
(Marilyn Monroe)